A conta de luz ficará mais cara para os consumidores brasileiros. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a bandeira tarifária vermelha patamar 2 estará em vigor em setembro. Com essa mudança, haverá acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 KWh consumidos
O principal motivo para a adoção da bandeira vermelha é a necessidade de acionar usinas termelétricas, que têm custos de operação mais elevados.
Essa decisão segue recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devido à redução nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, ocasionada pela escassez de chuvas e temperaturas acima da média histórica no país.
Segundo a Aneel, a combinação de fatores como o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) contribuíram para a necessidade de acionar a bandeira vermelha patamar 2.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que as hidrelétricas, passem a operar mais”, explicou a agência.
Para evitar desperdício
Esta é a primeira vez que a bandeira vermelha patamar 2 é acionada em pouco mais de três anos. Em abril de 2022, foi iniciada a sequência de bandeira verde, mas foi interrompida em julho quando passou a vigorar a bandeira amarela.
Em agosto, não houve acréscimo na conta, pois foi aplicada a bandeira verde. “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios”, justifica a Aneel.
Com o avanço do período de estiagem, os reservatórios têm reduzido de volume. Com isto, a capacidade de geração de energia hidrelétrica é reduzida. O último período chuvoso teve volumes abaixo da média, influenciando no fenômeno El Niño.