Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

São Paulo ainda tem meio milhão de casas no escuro, dois dias após chuva

Cerca de 760 mil clientes da Enel em São Paulo continuam sem energia elétrica na tarde deste domingo 13, mais de 40 horas depois das chuvas da sexta-feira 11. Na capital paulista, há 496 mil clientes da concessionária no escuro.

Além da capital, os municípios mais impactados no momento são: Cotia, com 62 mil clientes sem energia; São Bernardo do Campo, com 47 mil; e Taboão da Serra, com 44 mil.

A companhia informou ter normalizado o fornecimento para aproximadamente1,3 milhão de clientes desde sexta.

No sábado, moradores receberam um comunicado da Enel com a informação de que o restabelecimento da energia elétrica poderá ocorrer apenas na segunda-feira 14. A mensagem chegou a clientes em bairros das zonas sul, leste e oeste da capital paulista.

Horas antes, o presidente da Enel em São Paulo, Guilherme Lencastre, evitou fixar um prazo para a plena retomada dos serviços. O Procon-SP anunciou que notificará a empresa para explicar os motivos da demora na retomada do fornecimento.O apagão afeta também a distribuição de água na região. Segundo a Sabesp, o serviço está prejudicado em regiões de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, Cotia e Cajamar. A distribuidora recomenda uso controlado nas áreas afetadas.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo informou que acionará a Enel na Justiça em busca de ressarcimento pelos prejuízos ao setor. Segundo a entidade, cerca de 250 mil estabelecimentos filiados foram impactados pelo apagão, principalmente bares e restaurantes. Em novembro de 2023, um blecaute na capital e na região metropolitana provocou para o setor uma perda de 500 milhões de reais.

Em reação ao novo episódio, a Agência Nacional de Energia Elétrica informou, na tarde de sábado, que intimará a Enel de São Paulo. O processo, a depender da resposta da empresa, poderá levar ao fim dos direitos de concessão.

A área de fiscalização do órgão será a responsável por intimar a companhia para apresentar justificativas e uma “proposta de adequação imediata do serviço”.