Terça-feira, 8 de outubro de 2024

Vaiado, Netanyahu ameaça Irã e fala em reconciliação entre árabes e judeus

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (27) na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York. Vaiado no início, Netanyahu fez críticas ao Irã, a quem chamou de “maldição”, e falou sobre uma “reconciliação histórica” entre árabes e judeus.

O que aconteceu
Premiê disse que foi à ONU para ‘falar a verdade’ sobre Israel. Ele declarou que não pretendia comparecer neste ano porque seu país “está lutando por sua vida”, mas precisava “esclarecer as coisas” após ouvir mentiras e calúnias. “Israel busca a paz, Israel anseia pela paz, Israel fez a paz e fará a paz novamente”, afirmou Netanyahu. “Mas temos inimigos selvagens  que buscam nos aniquilar”.

Ele pediu que o mundo apoie o povo do Irã e ‘se junte a Israel’. Netanyahu também cobrou do Conselho de Segurança da ONU que imponha sanções ao Irã por suas armas nucleares. Segundo o premiê, as ações de Israel atrapalharam o programa iraniano, mas não o interromperam. “A questão diante de nós é simples. Qual desses dois mapas que mostrei moldará o nosso futuro?”, questionou.

Premiê ainda defendeu as guerras contra Hamas e Hezbollah. Netanyahu disse que, se o movimento palestino “permanecer no poder”, vai se reagrupar e atacar Israel novamente. Sobre os libaneses, afirmou: “Continuaremos destruindo o Hezbollah até que todos os nossos objetivos sejam alcançados”.

Vale lembrar que Israel e Hezbollah têm se atacado desde o início da guerra em Gaza, mas a crise se intensificou nas últimas semanas, após as explosões de pagers e walkie-talkies que mataram 37 pessoas no Líbano.

Delegação do Brasil não estava presente na ONU durante o discurso. A bancada do Irã também não ouviu Netanyahu falar.

“Temos que escolher o que vamos deixar para as próximas gerações: uma benção ou uma maldição. A maldição da agressividade do Irã ou a benção de uma reconciliação histórica entre árabes e judeus. (…) Irã, se vocês nos atacarem, nós vamos atacar vocês. Não há lugar nenhum do Irã que o braço de Israel não possa alcançar, e isso vale para todo o Oriente Médio”.