A cúpula do Exército decidiu que vai esperar que o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal terminem as investigações contra militares suspeitos de participarem de um plano golpista no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Só ao fim das apurações é que a corporação diz que poderá abrir processos administrativos contra eventuais indiciados.
“As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto”, informou a incorporação sobre o tema.
“O Exército, enquanto instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República, vem colaborando com as autoridades policiais nas investigações conduzidas”, diz outro trecho da nota do Exército.
Entre os militares que foram alvo da operação na semana passado, alguns deles estão no topo da carreira nas Forças Armadas, a exemplo dos generais da reserva Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI),Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira e do almirante Almir Garnier, que era comandante da Marinha.
Entre os militares presos no curso das investigações, estão os coronéis Bernardo Romão Corrêa Neto e Marcelo Câmara, além do major Rafael Martins de Oliveira.